Uma comparação feita pelo site Our World in Data, a partir de vários estudos científicos e de diversos relatórios de agências das Nações Unidas, como o insuspeito Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, é bem demonstrativa de como a energia nuclear emite menos gases com efeito de estufa por gigawatt-hora de eletricidade produzida do que todas as outras fontes de energia, incluindo eólica e fotovoltaica (as emissões decorrem sobretudo da construção e manutenção, uma vez que a produção de eletricidade em si não tem emissões, nestes casos).
Outra preocupação sempre presente é o perigo para a saúde das populações, mas também neste campo o nuclear ganha vantagem sobre quase todas as restantes alternativas.
Mesmo contando com os mediáticos acidentes de Chernobyl (em 1986, na então União Soviética e atual Ucrânia), de Fukushima (em 2011, no Japão) e com a mineração da matéria-prima, há apenas 0,03 mortes por terawatt-hora, menos do que a energia hídrica (1,3 mortes) e a eólica (0,04). A menos mortífera é a fotovoltaica (0,02), ao passo que o carvão é a pior, com 24,6.
Um relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas demonstrou como a energia nuclear emite menos gases com efeito de estufa por gigawatt-hora de eletricidade produzida do que todas as outras fontes de energia.
Muitos cientistas, como reputado engenheiro e investigador indiano M.D. Mathew, uma das maiores autoridades globais em termos de energia atómica, têm até apelado aos governos mundiais para apostarem cada vez mais na inclusão da energia nuclear no mix energético, de modo a acelerar a transição energética para fontes mais limpas.
A exemplo, aliás, do que também tem feito Agência Internacional de Energia Atómica nestes últimos anos, com a publicação de diversos artigos e estudos sobre o modo como a energia nuclear pode contribuir no processo de transição para fontes de energia cada vez mais limpas.