Segundo um relatório da Netflix, a média da pegada de carbono de uma hora de streaming na Europa é de cerca de 55 gCO2e (gramas equivalentes de dióxido de carbono). Este mesmo estudo demonstrou que, embora o uso deste serviço e da internet no geral tenha, efetivamente, aumentado nos últimos anos, o consumo de energia dessas atividades tem diminuído com o tempo.
Tal deve-se ao facto dos fornecedores de centros de dados, internet e serviços públicos conseguirem hoje atender a uma maior demanda sem consumir mais energia. Estes fornecedores atualizam constantemente os seus equipamentos de maneira a serem mais eficientes energeticamente e utilizam cada vez mais eletricidade de fontes renováveis.
Ainda assim, dispositivos de consumo, como televisores, computadores, smartphones e tablets, são responsáveis por mais de 50% das emissões de carbono provenientes da atividade de streaming. Portanto, a escolha do dispositivo para o streaming e o uso de eletricidade de fontes renováveis podem representar um grande impacto nas emissões de carbono e no consumo de energia.
Os dispositivos de consumo, como televisores, computadores, smartphones e tablets, são responsáveis por mais de 50% das emissões de carbono provenientes da atividade de streaming.
Durante uma década, investigadores da Universidade de Bristol dedicaram-se ao desenvolvimento de uma ferramenta para calcular a pegada de carbono do streaming e de outros usos diários da internet. A calculadora, ou plataforma Dimpact, utiliza os protocolos científicos mais recentes para medir as emissões, tendo em conta os dados fornecidos por empresas de entretenimento e multimédia, em oposição às estimativas genéricas de estudos anteriores.
A Netflix, porém, e de acordo com o relatório publicado pela plataforma, afirma procurar mais eficiência, ao equilibrar a energia renovável e a não renovável, e adquirindo certificados de energia renovável e compensações de carbono, como já mencionado acima.
Com as informações obtidas através da Dimpact, a plataforma de streaming pretende repensar os seus serviços para reduzir o impacto ambiental, incluindo uma melhor escolha de locais para os seus centros de dados.
Este é um passo crucial na luta contra as mudanças climáticas, não só para as plataformas de streaming como para todas as outras grandes empresas de tecnologia, tal como também já manifestaram empresas como a Apple e a Microsoft, ao anunciarem compromissos semelhantes de neutralização de emissões.