São uma alternativa ecológica aos combustíveis fósseis e ganham relevo enquanto fontes de energia sustentáveis.
Os biocombustíveis podem ser líquidos ou gasosos e são produzidos a partir de biomassa, ou seja, matéria orgânica de origem vegetal ou animal.
A Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis (APPB) destaca dez tipos diferentes de biocombustíveis, dando destaque ao biodiesel e ao bioetanol, por serem os mais utilizados nos meios de transporte a nível mundial.
Em Portugal, o biodiesel está no primeiro lugar da lista.
O biodiesel, também designado FAME (Fatty Acid Methyl Ester), é biodegradável e pode ser produzido a partir de matérias orgânicas que de outra forma seriam desperdiçadas. Por este motivo, diminui as emissões de gases com efeito de estufa no seu ciclo de vida e com isso reduz o impacte ambiental provocado pela mobilidade.
Neste campo, a PRIO desenvolveu o ECO Diesel, um substituto direto do gasóleo que é compatível com a maior parte dos veículos no mercado, emite até menos 18% de CO2 no seu ciclo de vida e que pode apresentar reduções de consumo até 5% num trajeto misto.
A pensar nos veículos pesados, a PRIO desenvolveu o Zero Diesel, um combustível líquido 100% sustentável, que permite reduções de emissões de gases com efeito de estufa em pelo menos 84% face ao diesel fóssil.
Segundo a APPB, a substituição dos combustíveis fósseis por biocombustíveis em 2021 evitou a emissão de mais de 780.000 toneladas de CO2 em Portugal.
Desse modo, conclui-se que os biocombustíveis, em especial o biodiesel, podem provocar uma mudança mais ecológica no que toca às fontes de energia usadas no sector dos transportes.
Têm um menor custo benefício do que os combustíveis fósseis, reduzem a emissão de gases com efeito de estufa, aproveitam matérias-primas que de outra forma seriam desperdiçadas e podem ser utilizados pelos veículos atuais e utilizando a infraestrutura de distribuição existente.