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Com o aumento da temperatura, que \u00e9 uma quest\u00e3o global, mas que nas cidades aumenta sempre mais uns graus, qual \u00e9 a import\u00e2ncia destes projectos?<\/b><\/p>\n
As zonas verdes t\u00eam de ser criadas em grande escala, e na nossa sociedade ainda vemos as \u00e1rvores como bibel\u00f4s na cidade, ainda s\u00e3o s\u00f3 uma representa\u00e7\u00e3o visual. Em Lisboa temos o caso dos jacarand\u00e1s, mas que nem toda a gente gosta porque sujam os carros.<\/p>\n
Existe um conflito entre aquilo que a \u00e1rvore nos oferece, a sombra e o baixar das temperaturas em v\u00e1rias alamedas na cidade, mas ao mesmo tempo as pessoas ficam muito incomodadas porque as flores criam uma goma que suja. S\u00e3o v\u00e1rias as quest\u00f5es que se levantam\u00a0 Mais do que as \u00e1rvores como elemento decorativo, s\u00e3o as zonas grandes que necessitam de ser repensadas,<\/p>\n
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Essas zonas grandes aqui em Lisboa podem ser onde?\u00a0<\/b><\/p>\n
Monsanto vai fazer agora 90 anos e \u00e9 claramente o nosso maior pulm\u00e3o verde. Um r\u00e1cio de h\u00e1 dez anos dizia que estatisticamente os nossos logradouros eram proporcionais \u00e0 dimens\u00e3o de Monsanto, mas ultimamente t\u00eam reduzido porque muitos t\u00eam sido impermeabilizados para se transformarem em garagens ou parques de estacionamento.<\/p>\n
Acho que temos de pensar muito na verticalidade, plantar na vertical. Lisboa n\u00e3o \u00e9 S\u00e3o Paulo nem Bancoque, n\u00e3o estamos nesse n\u00edvel, mas estamos a ficar com pouco espa\u00e7o. Dentro da cidade temos de nos render \u00e0 Tapada das Necessidades, ao Jardim da Estrela ou ao Parque Eduardo VII. Ficamos com estes pequenos clusters<\/i>, que muitas vezes s\u00e3o s\u00f3 relvados com meia d\u00fazia de \u00e1rvores.<\/p>\n
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Este ano a programa\u00e7\u00e3o do Jardins Abertos est\u00e1 concentrada em Maio e n\u00e3o espalhada durante o ano. Como vai ser esta edi\u00e7\u00e3o do festival?<\/b><\/p>\n
Fic\u00e1mos sempre muito sob a tutela de um festival que era muito em torno dos jardins e da jardinagem e da bot\u00e2nica, quando na verdade queremos \u00e9 falar sobre a ecologia. Por isso encontr\u00e1mos estrat\u00e9gias de albergarmos estes temas na programa\u00e7\u00e3o. O ano passado fizemos as cidades comest\u00edveis e todas as atividades eram em torno da comida, desde a sementeira a fazer picles ou aprender a conservar em compota.<\/p>\n
Percebemos que as atividades mais sensoriais s\u00e3o as que t\u00eam mais ades\u00e3o, as mais transformadoras em termos de discurso e daquilo que \u00e9 o nosso statement pol\u00edtico, de alguma maneira. Por isso, este ano, resolvemos abrir a programa\u00e7\u00e3o aos cinco sentidos de uma forma n\u00e3o ilustrativa e mais sensorial. Acontece pela primeira vez ao longo de todo o m\u00eas de maio, todos os fins-de-semana, mant\u00e9m-se gratuito e a maior parte das atividades n\u00e3o requerem inscri\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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Este ano o Festival Jardins Abertos vai acontecer em Maio, mais uma vez dando a conhecer v\u00e1rios jardins de Lisboa. Fal\u00e1mos com Tom\u00e1s Tojo, o diretor do projeto, e fic\u00e1mos a conhecer um pouco melhor as inten\u00e7\u00f5es de um festival que quer trazer a ecologia para a cidade. <\/p>\n","protected":false},"featured_media":5147,"template":"","categories":[225,301,248,184],"tags":[302,161,194,357,354,356],"acf":[],"yoast_head":"\n
Tom\u00e1s Tojo: \u201cAs zonas verdes t\u00eam de ser criadas em grande escala, e na nossa sociedade ainda vemos as \u00e1rvores como bibel\u00f4s na cidade\u201d - greenefact.sapo.pt<\/title>\n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n\t \n\t \n\t \n \n \n\t \n