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Pureza Fleming

Quais são os países mais conscientes em termos ambientais?

28 Jul 2024 - 09:00
Segundo um estudo recentemente publicado pelo Banco Europeu de Investimentos, Portugal destaca-se na UE pelo conhecimento da população sobre alterações climáticas, mas há uma lacuna na compreensão das soluções necessárias. Esta tendência é observada em toda a Europa, o que acentua ainda mais a importância de educar e mobilizar os cidadãos para a sustentabilidade ambiental.

Portugal ocupa a quarta posição na União Europeia em termos de conhecimento sobre alterações climáticas, segundo um estudo do Banco Europeu de Investimentos, divulgado no início deste mês que envolveu mais de 30 mil pessoas em 35 países, incluindo os Estados-Membros da UE, o Reino Unido, os Estados Unidos, a China, o Japão, a Índia e o Canadá. Portugal atingiu uma pontuação de 6,90/10, o que coloca o país bastante acima da média da UE.

De acordo com o estudo, 80% dos portugueses identificaram corretamente os Estados Unidos, a China e a Índia como os maiores emissores de gases de efeito estufa. Além disso, 79% dos entrevistados concordaram que as principais causas das alterações climáticas são atividades humanas, como a desflorestação, a indústria e o setor dos transportes transportes.

No entanto e apesar de os portugueses compreenderem as causas e consequências das mudanças climáticas, a investigação revelou que há um conhecimento limitado sobre as soluções para esses problemas. Esta conclusão está aliás em consonância com os resultados obtidos em toda a Europa.

Por exemplo, “uma grande parte dos inquiridos portugueses não sabia que a redução dos limites de velocidade nas estradas (79 %) ou um melhor isolamento dos edifícios (63 %) podem ajudar a combater as alterações climáticas”.

De acordo com o estudo, 80% dos portugueses identificaram corretamente os Estados Unidos, a China e a Índia como os maiores emissores de gases de efeito estufa.

Já o conhecimento dos inquiridos portugueses sobre a definição e as causas das alterações climáticas é superior à média da UE (7,62/10 contra 7,21). No que se refere à definição de alterações climáticas, a maioria dos inquiridos portugueses (71 %) selecionou a definição correta – “uma mudança a longo prazo nos padrões climáticos globais”. Por outro lado, “apenas 3 % acreditam que as alterações climáticas são um embuste”, sendo esta a taxa mais baixa de negacionistas das alterações climáticas em toda a UE.

O estudo também destacou que os europeus com mais de 30 anos tendem a ter uma melhor compreensão das alterações climáticas em comparação com os mais jovens. Esta tendência não se limita a Portugal, sendo também observada em toda a Europa.

Segundo o estudo do Banco Europeu de Investimentos, entre os inquiridos portugueses “apenas 3 % acreditam que as alterações climáticas são um embuste”, sendo esta a taxa mais baixa de negacionistas das alterações climáticas detetada em toda a UE.

Os mais amigos do ambiente em 2024

Um outro estudo recentemente publicado deu entretanto a conhecer quais os países mais ecológicos da atualidade. Ou seja, aqueles que adotam as melhores práticas de sustentabilidade para minimizar e mitigar os danos causados aos ecossistemas e ao meio ambiente.

Entre os dez países mais ecológicos do mundo, de acordo com Environment Performance Index (Índice de Desempenho Ambiental) de 2024, destacam-se a Estónia, que lidera a lista com 75,3 pontos, seguida pelo Luxemburgo com 75 pontos e pela Alemanha com 74,6 pontos. A Finlândia ocupa o quarto lugar com 73,7 pontos, seguida pelo Reino Unido com 72,7 pontos. Suécia, Noruega, Áustria, Suíça e Dinamarca completam o top 10 com pontuações entre 70 e 67,9 pontos, respetivamente. Quanto a Portugal, ocupa a 26ª posição deste ranking de 180 países, com 62,2 pontos.

O Environment Performance Index é compilado pelo Centro de Direito e Política Ambiental da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e combina 58 indicadores em 11 categorias, desde mitigação das alterações climáticas até à gestão de resíduos ou a proteção da biodiversidade. Para mais detalhes, pode-se consultar o relatório completo aqui.